19.10.10

Olhando cavalos

Não é raiva, rusga
Já nem sei...
É isto: por que palavras?
Nelas há cores e sons únicos
Que fogem de qualquer lápis
Voam ligeiras
Dentro das paredes
E não se alcançam
Por que, então, fingir?
Se o que tenho não é nada
Não sei se me importo
Sei que não as importo

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